PERSONAGENS

Eudora Doutel (Iara Ungarelli)

Eudora é uma extraordinária instrumentista da viola da gamba - uma mulher que todos gostaríamos de conhecer, de beleza singular, diferente da maioria das pessoas.

Seus grandes e transparentes olhos verdes atraem mesmo sem que ela o queira.  Agitada, traz geralmente os ruivos cabelos em desalinho, como uma moldura para o rosto infantil, sempre iluminado por uma alegria brincante que vem da sua relação com a música, que já conhecia desde antes do ventre materno.
Filha do Luthier Caetano e da paisagista Aline, quando criança via no pai o parceiro de todas as extravagâncias. Cercada pelos cuidados de uma mãe dedicada, Eudora aprende a amar as flores e a beleza. Quando a  vida lhe mostra sua face mais escura, a jovem gambista contorna a dor com a música e com os conselhos de Pai-doce, velho padeiro que mantém uma relação paternal com a família.


A índole, reforçada pelas vivências, a fizeram uma pessoa íntegra em todos os seus atos, dedicada ao extremo à sua arte e à sua equipe e que não resiste à impetuosa ambição que vive na alma de todo artista - criar algo diferente. Nesse empenho, Eudora se revela  uma força feminina que abriga altos valores humanos  e seu comportamento ímpar modificará para sempre a percepção de vida daqueles que a amam ou que ainda virão a se apaixonar por ela.


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Pai Doce (Fulvio Stefanini)

Homem simples, alegre e ruidoso, Pai-Doce é um padeiro de bairro, que esconde sob sua simplicidade uma apurada sabedoria que adquiriu com as dificuldades da vida.Seu senso de verdade e seu amor ao próximo podem ser percebidos em seus olhos brilhantes, que mostram seu charme natural e escondem seu lado mais triste.


 Pai-doce tem um talento incomum para fazer pães maravilhosos e cuidar de cavalos. 

Possui uma carroça à moda antiga conduzida pelo jovem e fogoso cavalo Qué-Qué, que parece saber o quanto seu dono lhe quer bem. 

As crianças os rodeiam com tagarelices e aprendem dele o que conseguem assimilar.

O padeiro alimenta um carinho especial pela mãe de Eudora, Aline, como se ela fosse sua filha. 


Sua presença na trama traz para o tema o valor de exemplos verdadeiros na formação de uma criança. Sua fala, tão doce como seus pães mais elaborados, ficará como uma marca no coração de todos.


Luana Maciel (Jamile Haydée)

Casada com o fazendeiro Enzo Maciel, a jovem Luana administra com elegância a bela casa da fazenda de plantação de girassóis que o casal mantém no estado de Mato Grosso e acompanha o marido em suas viagens.


Fã número um de Eudora, fica deslumbrada quando a conhece pessoalmente em um incidente nas férias do casal e reconhece na famosa instrumentista, seu ídolo, todos os predicados  que gostaria de ter desenvolvido em si própria.

Como estão em férias, fora do seu reduto, Luana sente-se acuada como uma fera.  A sensação de inferioridade a assusta a ponto de quase ser destruída pela situação de insegurança que lhe é totalmente estranha. A imersão em si mesma é demorada e penosa.

Luana observa cada movimento do marido.
Poderia Enzo traí-la?
Suportaria sacrificar seu casamento?
Não seria melhor largar tudo e tornar-se como Eudora?

Quando tem a sua aparente passividade contestada pelo amigo do casal, Michel Arlet, Luana reage de forma inesperada.





Enzo Maciel (Cleto Baccic)

O agrônomo Enzo, apesar de jovem, administra com segurança seus hectares de girassóis no estado de Mato Grosso.

Pego de surpresa pelo turbilhão de  acontecimentos que invade sua vida, nas ferias que desfruta com a esposa, sente-se atordoado por não dominar os acontecimentos como faz com as sementes que mantém entre os dedos como um TOC compulsivo.

Acontecimentos que trazem sentimentos rápidos demais, fortes demais, espontâneos demais e que ele não pode analisar, lhe causam muito sofrimento. Enzo não sabe discernir entre que pertence a esta vida e o que seria apenas uma indelével lembrança, talvez de vidas anteriores.


Atormentado, por fim,  não consegue mais dormir tranquilamente ou controlar-se. 

De tudo que é importante em sua vida, as questões de amor são as que menos podem ser resolvidas abertamente. Enzo precisará  transformar a sua total incapacidade de harmonizar a vida interior e  a exterior....


Michel Arlet (João Bresser)

Solteiro e só, Michel é amigo do casal Enzo e Luana Maciel desde que pode se lembrar, mas o seu cuidado mais especial é dedicado à Luana a quem quer bem como a uma irmã mais nova.


Embora violonista de talento, leva uma vida comum, ministrando aulas de violão.

Mantém um bom gosto refinado alimentado pela música  e  também fica encantado ao conhecer pessoalmente Eudora Doutel a quem passa a venerar como a uma deusa, bem ao contrário da sua personalidade equilibrada.




Vivenciando profundamente todos os acontecimentos a partir de então, Michel mergulha em sentimentos desconhecidos o que além de trazer um certo caos à sua vida, tem também desdobramentos inesperados.

O que o marcou toda a vida? - A música.
O que o marcará a partir de então? - Não sabemos.


Flanela
(Ronaldo Santiago)


Guarda como se fossem todos seus, os carros na praça perto ao hotel onde Luana e Enzo passam as férias. Um verdadeiro tesouro!

Dono de um raciocínio rápido e satírico,  seu nome verdadeiro - ninguém sabe. Por que Eudora confia nele?

Simbólico é capaz de discorrer sobre sensações profundas de um modo poético. Está ali e ao mesmo tempo não está, como as certezas em nossos corações.

'Guardador de rebanhos' carrega em seu sacolão o fardo pesado de vivências acumuladas na 'sofrência' durante séculos e na sua sinceridade quase infantil personifica o sonho de uma consciência sempre limpa.

"- Mulheres e homens... sociedade duvidosa..."


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Aline Doutel (Natália Ferrari no primeiro período e Noedja Bacic no segundo período)

Casada com o luthier Caetano Doutel,  quando a trama inicia, a paisagista Aline está no meio da gravidez - espera Eudora -  o que não a impede de viver mexendo e remexendo em seu imenso jardim.

Apaixonada por todas as artes, em especial pela porcelana provençal , Aline é espiritualista e muito sensível. Com a sua intuição percebe o exato momento da encarnação da filha e divide feliz todas as suas vivências com Pai-doce, padeiro e amigo da família.

Quando nasce a criança, Aline a envolve em carinhosa proteção mostrando-lhe tudo que sabe sobre as flores e a natureza.




Entretanto uma grande decepção trazida por Caetano irá transformá-la em uma mulher amarga, incapaz de amar outra vez. A única coisa que a sustenta é o cuidado com Eudora e a certeza de que como mulher é responsável pela beleza em seu redor.

Acompanhando a trajetória de sucesso da filha, aos poucos se deixa influenciar pela magia de Eudora e, apesar da idade, é depois de madura, com a própria filha, que entenderá o verdadeiro sentido da vida.


Caetano Doutel (Bruno Ospedal)

Caetano Doutel, pai de Eudora, é um dos pontos reflexivos no filme porque possui características transgressoras que relutamos em aceitar.

Para o charmoso e expressivo violonista, compositor e luthier, música  é como uma religião e violões são entidades sagradas.

Muito emotivo, um tanto chegado à dramatização excessiva,  Caetano gosta de compartilhar tudo com os outros é o tipo de pessoa que não consegue guardar suas idéias só para si.



O seu senso moral nem sempre condiz com a sua consciência moral. Para ele, o relacionamento aberto é uma filosofia de vida, um sinônimo de “amor livre”, o que significa que , embora casado e amando sua esposa, não vai deixar passar a oportunidade de conhecer melhor alguém que apareça, embora isto possa lhe trazer sofrimento depois.

Este seu comportamento também irá trazer grande desilusão à esposa Aline e uma enorme decepção à Eudora, sua filha querida, companheira de estripulias musicais, a quem acompanhará a distância enquanto lhe for permitido...

Até quando?


Tânia (Denise Aires)

Do balcão da sua sofisticada loja de porcelanas a bela Tânia diariamente observa os dois músicos na luthieria, quase ao lado. 

O argentino não lhe interessa, mas o outro...
Caetano Doutel. Até o nome lhe atrai. 

É impossível resistir aquele jeito meio irresponsável - o violão... Esta música todos os dias entrando pela pele.

Será que a esposa não nota? Tola!
Ela parece iluminada... mas a carne é fraca - um olhar... um capricho... quem sabe ele não cederia?



Ela não se sente nem melhor nem pior que ninguém e aprendeu a lutar pelo que quer. Seu olhar é inquietação.

Não por maldade consciente, mas aos poucos Tânia,  expressiva personagem feminina, vai se enredando na própria trama e se vê completamente apaixonada pelo vizinho casado.  O que lhe reserva este romance?


Javier Martin
(Maico Silveira)

Sócio de Caetano na Luthieria, o archetier Javier Martin acabou de chegar da Argentina quando a trama inicia em 1969. Desde o primeiro dia é apaixonado por Aline, mas esconde este amor em movimentos de carinho e proteção, sem magoar o amigo.



Quando Aline fica sozinha, Javier vive anos de espera, mas ela está presa ao passado.

Javier dedica-se à Eudora como um mestre, fazendo pessoalmente seus arcos especiais e incentivando-a sempre ao melhor da sua música. Tincho, como Eudora carinhosamente o chama pelo apelido argentino, tem um sonho: levá-la a apresentar-se em Buenos Aires.

Sua paciência é infinita, sua persistência chega às raias do improvável - por quanto tempo resiste um amor que não se sabe correspondido? Por quanto tempo resiste uma ideia? 

Por quantas vidas carregamos um mesmo amor irrealizado?


23 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigada Carlos! Todos os dias vamos revelar um pouco sobre os personagens. Queremos vê-lo por aqui, torcendo, apaixonando-se, envolvendo-se conosco nesta história que pretende resgatar um pouco dos valores humanos.

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  2. Agradeço, Fatima! Acompanhando, sempre....

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  3. Estou encantada com o roteiro do filme.

    Realmente vai ser de grande sucesso!

    Parabéns Fátima!!!!

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  4. Obrigada Maria Christina Ferreira Gomes! A sua opinião, grande poetisa, é de muita importância para nós. Espero vê-la na estréia.

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    1. AGRADEÇO FÁTIMA. ESPERO PODER COMPARECER A ESTREIA DESSE FILME TÃO MARAVILHOSO PARA A ÉPOCA ATUAL, EM QUE OS VALORES REAIS , NÃO ESTÃO SENDO RECONHECIDOS!

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  5. Não existe a arte sem a vida, e nem a vida sem a arte

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  6. Nascendo da “ação viva do espírito” a arte deve então, em sua essência, existir em todas as pessoas.

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    1. A Arte é um dom que acompanha àqueles que se abrem para ela É uma bênção do Altíssimo!!!!

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    2. Acredito que a arte é um dom para todos, como a fala, a visão - basta realmente abrir-se. Gratidão.

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  7. Sim, algo que brota.....

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  8. Estou encantada com a presença do talentoso Fulvio Stefanini!!!!

    Abraço caloroso!!!!!!

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  9. Realmente, Maria Christina Gomes, estamos todos aqui na equipe encantados. Além de talentoso, um verdadeiro cavalheiro. Estamos muito gratos.

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  10. Olá Fátima!Estou encantada com este seu novo projeto! Maravilha! Será um sucesso!! Um abraço à você e equipe.

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  11. Olá Fátima!Estou encantada com este seu novo projeto! Maravilha! Será um sucesso!! Um abraço à você e equipe.

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    1. Que bom!!!Eu queria saber com quem estou conversando, mas mesmo sem saber, posso dizer que é de uma generosidade enorme! Obrigada pelo incentivo. Exemplos são fortes na vida das pessoas - Vamos construir junt@s um mundo melhor de se viver. Grande abraço!

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  12. Olá Fátima!Estou encantada com este seu novo projeto! Maravilha! Será um sucesso!! Um abraço à você e equipe.

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  13. Ah! Que delícia saber de você! Sabe, Maria Aparecida, eu realmente acredito que o bom se une para construir. Tenho trabalhado nesta ideia incansavelmente e no caminho, conhecido pessoas como você. Seja bem vinda! Participe, divulgue! Vamos fazer juntos o que não podemos fazer sozinhos: MÚSICA E CINEMA BRASILEIROS DA MELHOR QUALIDADE!
    http://www.kickante.com.br/campanhas/eudora-venha-fazer-parte-de-um-mundo-melhor

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  14. Instigante seu personagem, Jamile! Mulher passional... forte... Quero ver esse filme nas telonas... Que venham os patrocinadores... Boa sorte pra todos!













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    1. Olá Toninha! Muito obrigada por sua visita. Realmente os personagens são bastante fortes. Um empoderamento do feminino através da descoberta da Beleza Interior. Sabe, toninha, precisamos mesmo da ajuda de todos para realização. O cinema independente tem uma raiz essencialmente conceitual, autoral, e estamos trabalhando para fazer esses filmes acontecerem, brigando por um espaço exibidor ocupado pelo cinema com grande apelo comercial. EUDORA é CINEMA INDEPENDENTE - para que ele aconteça precisamos unir forças e juntar dinheiro. Nós temos uma história incrível para contar que nos motivou a chegar até aqui e agora precisamos do apoio de todos para levar o filme para a telona. Se você participar efetivamente com a sua doação: a partir de R$ 20,00 VOCÊ FARÁ A DIFERENÇA no total que iremos arrecadar para a produção do filme. Portanto, não deixe para depois - a hora é agora.
      Solicite os dados para depósito no e-mail: fatelier@defatima.com.br

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  15. Gostei!quando poderemos assistir?

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    1. Olá Denise! Seja bem vinda!
      Nós ainda estamos fazendo a captação de recursos através de 'crowdfunding'. A partir do momento que comecemos a filmar a produção demora em torno de 8 meses.
      Visite a página INICIO e saiba como ajudar - toda ajuda é bem vinda.

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